O inpEV está comprometido com a melhoria contínua dos processos e instalações do Sistema Campo Limpo para tornar sua operação cada vez mais ecoeficiente. Há, inclusive, uma planta arquitetônica modelo, com orientações sobre a adoção de tecnologias e de boas práticas ambientais nas centrais em construção ou que passarão por adequações e reformas. As recomendações consideram questões ligadas a conforto térmico e luminosidade, consumo de energia e de água e gestão de resíduos, entre outras. A nova central de Araçatuba (SP) foi construída segundo os preceitos de sustentabilidade e a unidade de Teotônio Vilela (AL) também incorporou algumas das recomendações.
Todas as unidades de recebimento possuem licença operacional e ambiental e alvará de funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros. Em 2020, 30 centrais sob gestão do inpEV foram certificadas pela norma ISO 9001:2015, de gestão da qualidade, atestando a conformidade dos processos às melhores práticas internacionais. Em 2019, a certificação se estendia a sete centrais. A certificação também abrange os processos do inpEV no gerenciamento das centrais, da etapa logística e da destinação final das embalagens.
Benefícios ambientais comprovados GRI 305-5
Anualmente, a Fundação Espaço Eco, especializada em análises de impacto e ciclo de vida, conduz um estudo de ecoeficiência para mensurar os benefícios ambientais do Sistema Campo Limpo. A cada quatro anos, a metodologia é revisitada para assegurar o alinhamento às normas internacionais de avaliação de ciclo de vida de embalagens.
A avaliação compara o cenário atual real a uma circunstância hipotética, que desconsidera a existência do Sistema. O levantamento mais recente atestou que a atuação do Sistema Campo Limpo evitou a emissão de 823.167 toneladas de CO2e na atmosfera entre 2002 (ano de sua estruturação) e 2020. Caso o Sistema não existisse, seria preciso plantar cerca de 5,9 milhões de árvores para compensar essas emissões. Apenas em 2020, a existência do Sistema Campo Limpo evitou a emissão de 70.509 toneladas de CO2e e o consumo de 3 bilhões de megajoules de energia e de quase 80 milhões de litros de água.
Além de considerar os benefícios ambientais da destinação adequada das embalagens e de sua reinserção na economia, evitando o uso de matérias-primas virgens, o cálculo inclui o impacto da operação do Sistema Campo Limpo, como as emissões de GEE (gases de efeito estufa) da etapa logística e o consumo de água e energia das unidades de recebimento.
Consumo de energia e água GRI 302-1 e 303-3
O consumo total de energia em 2020 correspondeu a 1.136,5 GJ. Desse total, 1.095,6 GJ foram adquiridos de concessionárias de energia. Na matriz, como reflexo da adoção do home office, o consumo de energia elétrica caiu de 200 GJ em 2019 para 156,6 GJ em 2020. O consumo nas centrais de recebimento passou de 169 GJ em 2019 para 939 GJ em 2020. O aumento expressivo se deve à variação do escopo de cobertura do indicador no período, de sete para 29 centrais. O restante (40,9 GJ) foi gerado na central de Unaí (MG), que conta com um sistema fotovoltaico desde o fim de 2018. Ao longo de 2020, 82% da eletricidade consumida na unidade veio da autogeração.
As atividades realizadas nas centrais de recebimento geram um baixo consumo de água. O aumento verificado em 2020 também se explica pela ampliação do escopo de cobertura do indicador. Vale lembrar que não é possível monitorar o consumo de água da matriz do inpEV, localizada em um condomínio de escritórios sem medição individualizada.
CONSUMO DE ENERGIA (GJ) GRI 302-1 | 2018 | 20191 | 20202 |
Aquisição de eletricidade | ND | 369,0 | 1.095,6 |
Escritório administrativo | ND | 200,0 | 156,6 |
Centrais de recebimento | ND | 169,0 | 939,0 |
Autogeração de eletricidade - energia solar3 | ND | 41,2 | 40,9 |
Total | ND | 410,2 | 1.136,5 |
ND: dado não disponível.
1 Com base no consumo de sete centrais que estiveram sob a gestão do inpEV durante a maior parte do ano.
2 Com base no consumo de 29 centrais que estiveram sob a gestão do inpEV durante todo o ano de 2020.
3 Autogeração de energia na central de recebimento de Unaí (MG). Os dados de 2019 foram recalculados e diferem do publicado no RS 2019. A informação anterior se baseava em estimativas e agora passa a ser aferida por um medidor na unidade.
CAPTAÇÃO DE ÁGUA1 (m3) GRI 303-3 | 2018 | 20192 | 20203 |
Poço artesiano | ND | ND | 1.239,00 |
Empresas de saneamento | ND | 494,00 | 1.455,00 |
Total | ND | 494,00 | 2.694,00 |
ND: dado não disponível.
1 Os dados informados são parciais, limitados às unidades gerenciadas pelo inpEV e com monitoramento do consumo via hidrômetro em poço artesiano ou atendidas por concessionárias de abastecimento.
2 Consumo da central de recebimento de Rondonópolis (MT).
3 Além de Rondonópolis, o indicador considera as centrais localizadas em Placas (BA); Alto Parnaíba (MA); Ponta Porã (MS); Montes Claros, São Sebastião do Paraíso e Uberaba (MG); Contenda e Guarapuava (PR); Uruçuí (PI) e Boa Vista do Incra (RS).